Uma História da Química – Parte 4
20/05/2020
Artigo
A industrialização da eletroquímica
Michael Faraday (1791-1867) teve uma educação modesta. Ele tinha 14 anos quando começou seu aprendizado de encadernação. O jovem Faraday leu uma infinidade de obras que recebeu para encadernação e assim educou-se nas ciências, bem como na literatura e na arte. Um cliente da oficina de encadernação notou o curioso aprendiz e mencionou-o ao pai, que então levou Faraday consigo para diversas palestras ministradas pelo pioneiro da eletroquímica Humphry David. Pouco depois, Faraday começou a trabalhar para Davy.
Como seu assistente, Faraday viajou com Davy por toda a Europa, enquanto realizavam experimentos juntos e encontravam vários cientistas influentes. De volta à Inglaterra, Faraday continuou a treinar como químico e em 1833 tornou-se professor de química. Durante esse tempo, ele investigou as leis básicas da eletrólise. Estes formaram a base da eletroquímica e, na segunda metade do século, possibilitaram o desenvolvimento de uma indústria eletroquímica que fabricava produtos como cloro, hidrogênio, alumínio, magnésio, sódio e potássio em suas usinas localizadas em usinas hidrelétricas.
Carbonato de sódio da Solvay
A produção industrial de carbonato de sódio (carbonato de sódio) foi possível desde o desenvolvimento do Processo Leblanc no final do século XVIII. No entanto, a síntese exigiu matérias-primas caras e produziu grandes quantidades do subproduto cloreto de hidrogênio, que é tóxico para o ambiente onde é introduzido. O cloreto de hidrogênio produzido escapa das chaminés industriais e mata a vegetação circundante, sendo também letal para a vida aquática quando adicionado à água.